quarta-feira, 31 de março de 2010

A Rev. Industrial - ( feito pelos integrantes do blog.)

A Revolução Industrial teve início na Inglaterra e foi uma etapa do complemento do processo de transição, porque os produtores diretos (artesãos e pequenos proprietários) passaram a ser trabalhadores assalariados (proletariados).
Só que os proletariados passaram a conviver com uma situação dramática, por causa do processo de industrialização. Os artesãos foram arruinados e conduzidos a fome e miséria, as jornadas de trabalho eram de 18 horas por dia, com baixo salário, sem confortabilidade, enfim, sofriam com um capitalismo "selvagem".
Já a outra classe, que se tornara dominante foi a burguesia industrial, em que teve melhoras nas condições de vida, com grande surgimento de mercadorias que lhe deram o conforto.
Um dos fatores que eclodiram a Revolução Industrial foi a acumulação de capital (gerada apartir do desenvolvimento mercantil), a existência de matéria-prima, a formação de mão-de-obra e a existência de mercados consumidores (gerado pela Revolução Comercial, que foi um fator importante para o desenvolvimento fabril).
O primeiro setor que sofreu mudanças e que levou à maquinofatura foi da produção têxtil. Primeiramente passou pela máquina de fiar algodão, depois para máquina de fiar hidráulica e por fim a máquina de fiar à vapor, aperfeiçoado por James Watt. Com essa solução, ocorreria a substituição da força humana pela força motriz ( marcada pela energia do vapor - que reduziria os custos de produção e os preços).
Na época da  Revolução Industrial surgiria duas pessoas muito importantes para o mundo atual, que é Frederick W. Taylor e Henry Ford. Em que o primeiro, foi o pai da administração científica, criando o método do trabalho científico e o sistema de pagamento por unidade produzida. E o segundo foi o pai da linha de montagem móvel, desenvolveu a produção em massa e apresentou ao mundo um dos maiores exemplos de administração eficiente individual.


Esse texto foi criado por Carla, Débora Martins, Francielle Bento, Joyce e Silvia.
Alunas do 1° período de administração e ciencias contábeis.
Sala 2Q11.

Um pouco mais de Revolução Industrial

Introdução

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.


Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.




Avanços da Tecnologia
 O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.












Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte


Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.


A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.




Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.


Desdobramentos sociais

A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas. A produção em larga escala e dividida em etapas irá distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores irá dominar apenas uma etapa da produção.Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi o surgimento do proletariado urbano (classe operária), como classe social definida. Vivendo em condições deploráveis, tendo o cortiço como moradia e submetido a salários irrisórios com longas jornadas de trabalho, a operariado nascente era facilmente explorado, devido também, à inexistência de leis trabalhistas.
O desenvolvimento das ferrovias irá absorver grande parte da mão-de-obra masculina adulta, provocando em escala crescente a utilização de mulheres a e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas. O agravamento dos problemas sócio-econômicos com o desemprego e a fome, foram acompanhados de outros problemas, como a prostituição e o alcoolismo.




Os trabalhadores reagiam das mais diferentes formas, destacando-se o movimento "ludista" (o nome vem de Ned Ludlan), caracterizado pela destruição das máquinas por operários, e o movimento "cartista", organizado pela "Associação dos Operários", que exigia melhores condições de trabalho e o fim do voto censitário. Destaca-se ainda a formação de associações denominadas "trade-unions", que evoluíram lentamente em suas reivindicações, originando os primeiros sindicatos modernos.
O divórcio entre capital e trabalho resultante da Revolução Industrial, é representado socialmente pela polarização entre burguesia e proletariado. Esse antagonismo define a luta de classes típica do capitalismo, consolidando esse sistema no contexto da crise do Antigo Regime.


Conclusão
 A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.


Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=30
http://www.suapesquisa.com/industrial/

segunda-feira, 22 de março de 2010

No dia 30 de julho de 1863, nascia em Michigan um dos maiores nomes da indústria americana: Henry Ford. Ele era o irmão mais velho dentre seis irmãos, neto de imigrantes irlandeses, e todos na família trabalhavam na fazenda. Durante seus primeiros anos, Henry trabalhou na fazenda da família em Dearborn, Michigan.Henry considerava os ofícios da fazenda desinteressantes. Ele gostava de trabalhar na ferraria da fazenda. Ele tinha um talento nato para a matemática, o que proporcionou a habilidade necessária para desenhar e construir máquinas. Ele tinha uma natureza inteligente e questionadora, o que também contribuía para que fosse um ávido experimentador. Uma vez, para provar a força do vapor, ele colocou uma rolha no bico de uma chaleira com água fervente e ela explodiu! Conforme crescia, seu pai permitia que ele consertasse e usasse muitas das ferramentas da fazenda. Sua mãe o chamava de "mecânico de nascença".



Talvez o evento mais dramático em sua vida aconteceu em 1876, aos 13 anos de idade. Enquanto andava com seu pai em uma carroça, eles viram uma máquina a vapor percorrendo a estrada com sua própria força! Ford pulou da carroça imediatamente e foi questionar o condutor sobre sua máquina. Usada para propósitos estacionários, como serrar madeira, a máquina tinha sido montada sobre rodas para se auto propulsar. O engenheiro explicou tudo sobre a máquina e até deixou Ford colocá-la em movimento. Mais tarde, Ford disse: "Aquilo me mostrou que eu era um engenheiro por instinto".


A semente da idéia de que poderia existir um veículo com auto-propulsão foi plantada naquele momento, e ocupou sua imaginação por anos.Aos 17 anos, Henry deixou a fazenda da família e foi trabalhar em Detroit. Começou trabalhando na Michigan Car Company por $1,10 por dia. Ele foi rapidamente demitido por causar insatisfação aos empregados mais antigos: ele fazia consertos em meia hora, quando o usual era de 5 horas.Henry trabalhou na Detroit Drydock Company, onde aprendeu o funcionamento das máquinas a vapor. Em 1882, Henry se tornou um mecânico certificado pela Westinghouse Company, onde ele viajava pelo sul de Michigan ajustando e consertando máquinas a vapor. Em 1885, conheceu Clara Jane Bryant e se casaram em 1888. Seu pai o presenteou com uma fazenda de 40 acres, de onde Henry poderia tirar seu sustento. Em seu tempo livre, Henry satisfazia sua paixão por construir máquinas leves. Três anos mais tarde, Henry e Clara Ford se mudaram para Detroit, onde ele poderia trabalhar como engenheiro chefe para a Detroit Illuminating Company. No final de 1893, Henry construiu sua primeira máquina de combustão interna, movida a gasolina. E em 1896, estava com seu quadriciclo pronto para ser testado.


O invento assustou os cavalos, causou muitos protestos, mas funcionou!Durante o tempo em que trabalhou na Detroit Edison Illuminating Company, Henry Ford pôde ser apresentado a Thomas Edison como "o jovem que fez um carro a gasolina". Depois de discutir suas idéias com o grande inventor, Ford ficou grato em saber que Edison achava que suas idéias tinham grande mérito. Edison disse: "Meu jovem, você a tem, uma máquina que carrega seu próprio combustível. Mantenha-se nela". O encontro com Thomas Edison deu a Henry Ford nova inspiração e seu espírito foi renovado pelas palavras de encorajamento do famoso inventor.Em 1899, Ford viu-se diante do conflito entre seu trabalho de desenvolvimento de automóveis com sua posição na Detroit Edison Illuminating Company. Mesmo com a satisfação da companhia com seu trabalho e com a oferta da posição de Superintendente Geral, eles o pediram para fazer uma escolha. Poderia ele desistir de seu "hobby" de construção de automóveis para se decidir integralmente à Companhia? Ford decidiu que ele queria fazer automóveis.Em 1901, Henry com Alexander Malcomson fundaram a Ford and Malcomson Company. Ford empregou 10 trabalhadores e teve os chassis do carro construído por John e Horace Dodge.

Em 16 de junho de 1903, com 10 investidores e as patentes, conhecimento e máquinas, Henry Ford criou a Ford Motor Company. O Modelo A tinha um preço de $850, com velocidade máxima de 30 mph e era produzido a uma taxa de 15 carros por dia, em julho de 1903.O auge de sua vida foi comentado por Will Rogers, um comediante da época, que disse: "Centenas de anos serão necessários para dizer se você nos ajudou ou nos machucou. Mas certamente você não nos deixou como encontrou".

Com a presença de Clarence Avery, que usava os estudos de tempos e movimentos de Frederick Taylor, foi possível aperfeiçoar a técnica para o uso na manufatura de Ford.O Modelo T foi o novo modelo feito. Começou a ser vendido em outubro de 1908 e dominou as vendas pelos próprios 18 anos. Devido ao seu desenvolvimento da linha de montagem, usada para a produção em massa de automóveis, Ford vendeu mais da metade dos carros na indústria, no período 1918-1919 e 1921-1925. Do período da introdução do Modelo T ou "Tin Lizzie" em 1908 a 6 anos depois, Ford construiria fábricas maiores e diminuiria o tempo de montagem de um carro de 12 horas e meia para 93 minutos. Ford disse: "O modo de se fazer um automóvel é fazer um automóvel é fazer um igual a outro. Se você não alterar o design e concentrar na produção, conforme o volume aumenta, os carros certamente ficarão mais baratos. Isto significa fazer carros que os trabalhadores possam comprar". Disse ainda: "Eu vou construir um automóvel para a grande multidão...construído com os melhores materiais, pelos melhores homens, com os designs que a moderna engenharia pode proporcionar...tão baixo no preço que qualquer homem ganhando umju salário razoável poderá adquirir um e aproveitar com sua família a bênção das horas de prazer". Esta filosofia de negócios fez de Henry um dos homens mais ricos do mundo e um herói americano.Em 1914, antes da Primeira Guerra Mundial, Henry Ford formou uma organização pela paz.

A paz não foi mantida e em 1917 os Estados Unidos entraram na guerra. Ford parou de produzir o seu Modelo T e passou a produzir itens necessários aos Estados Unidos na guerra. No final da guerra, o presidente Woodrow Wilson pediu a Ford para concorrer às eleições para o Senado. Henry não era político, mas concorreu como candidato independente e perdeu por pouco. Henry voltou a fazer o que ele fazia de melhor: construir e aperfeiçoar seus automóveis.


Henry Ford com o Modelo T em Buffalo, NY, em 1921, ano em que a produção, no seu auge, atingiu cinco milhões de unidades


Em 1924, a companhia já tinha vendido 10 milhões de automóveis. Um ano mais tarde, as vendas começaram a cair, pois a competição apresentava inovações em seus carros.Para voltar ao topo da indústria automobilística, Ford introduziu o segundo Modelo A, em 1927. Foi um grande sucesso! Em 1929, a companhia produziu próximo de 2 milhões de carros. Para facilitar a aquisição do Modelo A, um novo sistema de vendas foi desenvolvido. Através da companhia financeira de Ford, a Universal Credit Company, o método de prestações iniciou-se.
Em outubro de 1929, a Grande Depressão começou. A Ford Company não foi afetada até 1931, quando perdeu dinheiro. Para energizar a companhia, um novo modelo foi introduzido, a um preço mais baixo, o Ford V-8. Em 1934, a Ford Motor Company estava rentável novamente. Durante este tempo, Ford também cortou os salários e aumentou as horas de trabalho de seus funcionáriso. Contra sua vontade, muitos de seus empregados trocaram a Ford Company pela United Auto Workers Union. Em 1941, novamente Ford parava de fabricar bens para a Segunda Guerra Mundial.
Na noite de 7 de abril de 1947, Henry Ford morria, aos 84 anos. A pessoa se foi, mas seus sonhos e sua companhia permanecem. Ele teve o louvor de um patriota, filantropo, reformista, economista e professor. Representou o símbolo da genialidade produtiva. Os empreendedores modernos devem tirar uma lição da história de como o processo de dedicação conduz ao sucesso.


Fonte: http://www.miniford.com.br/?load=mod1&idm=8

Um pouco de Frederick Taylor

http://www.infoescola.com/files/2009/08/small_frederick-taylor.jpg

PRIMEIRO PERÍODO


Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para o todo.

O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário, através do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-Time Study).
Claude S. Geoge Jr., salienta em essência, o que procurou dizer em Shop Management foi que:

1. O objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos e ter custos unitários de produção.

2. Para realizar esse objetivo, a Administração tinha de aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris.

3. Os empregados tinham de ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas.

4. Os empregados deviam ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse cumprida.

5. Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação teria de ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos outros princípios por ele mencionados.



SEGUNDO PERÍODO


O segundo período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro Princípios da Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário.

Taylor assegurava que as indústrias que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores:

1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência.


Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho, que são:

— o erro que vem de época imemorial e quase universalmente disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante o desemprego de grande número de operários;


— o sistema defeituoso da Administração, comumente em uso, que força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses;


— os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo.



2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.


3. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.



De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões. Essa implantação requer um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo.




ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA

Para Taylor. os elementos da Administração Científica são:

1. estudo de tempo e padrões de produção;
2. supervisão funcional;
3. padronização de ferramentas e instrumentos;
4. panejamento das tarefas;
5. o princípio da exceção;
6. a utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;
7. fichas de instruções de serviço;
8. a idéia de tarefa, associada a prêmios de produção pela sua execução eficiente;
9. sistemas para classificação dos produtos e do material utilizado na manufatura;
10.sistema de delineamento da rotina de trabalho.


ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO

A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).

Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer racionalmente qual o método ou processo mais eficiente. Geralmente, o supervisor comum deixava ao arbítrio de cada operário a escolha do método ou processo para executar o seu trabalho, para encorajar sua iniciativa. Porém, com a Administração Cientifica ocorre uma repartição de responsabilidades: a administração (gerência) fica com o planejamento (estudo minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção), e o trabalhador fica com a execução do trabalho, pura e simplesmente.


PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR

Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir:

1. Principio de Planejamento: substitui no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírica-prática, pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento.

2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.

3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.

4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

CONCLUSÃO SOBRE TAYLOR

No início sua preocupação era tentar eliminar o desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade através de métodos e técnicas de engenharia. Ele utilizava técnicas que eram centradas do operário para a direção, através do estudo de tempos e movimentos, da fragmentação das tarefas e na especialização do trabalhador reestruturava a fabricação e com os conceitos de gratificações por produção incentivava o operário a produzir mais.
Só que não adiantava racionalizar o trabalho do operário se o supervisor, o chefe, o gerente, o diretor continuavam a trabalhar dentro do mesmo empirismo anterior.
Contudo a Administração Científica tinha diversos defeitos dentre eles: o mecanicismo de sua abordagem (teoria da máquina), a superescalização que robotiza o operário, a visão microscópica do homem tomando isoladamente e como parte da maquinaria industrial, a ausência de qualquer comprovação científica de suas afirmações e princípios, a abordagem incompleta envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de aplicação à fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem eminentemente prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado.
Mesmo assim, essas limitações e restrições não apagam o fato de que Administração Científica foi o primeiro passo concreto da Administração rumo a uma teoria administrativa Foi Taylor que implantou diversos conceitos que até hoje o utilizamos na Administração isso fica explícito no parágrafo de Administração Como Ciência.


http://www.trabalhonota10.com/administracao/frederick-winslow-taylor.html