quarta-feira, 31 de março de 2010

A Rev. Industrial - ( feito pelos integrantes do blog.)

A Revolução Industrial teve início na Inglaterra e foi uma etapa do complemento do processo de transição, porque os produtores diretos (artesãos e pequenos proprietários) passaram a ser trabalhadores assalariados (proletariados).
Só que os proletariados passaram a conviver com uma situação dramática, por causa do processo de industrialização. Os artesãos foram arruinados e conduzidos a fome e miséria, as jornadas de trabalho eram de 18 horas por dia, com baixo salário, sem confortabilidade, enfim, sofriam com um capitalismo "selvagem".
Já a outra classe, que se tornara dominante foi a burguesia industrial, em que teve melhoras nas condições de vida, com grande surgimento de mercadorias que lhe deram o conforto.
Um dos fatores que eclodiram a Revolução Industrial foi a acumulação de capital (gerada apartir do desenvolvimento mercantil), a existência de matéria-prima, a formação de mão-de-obra e a existência de mercados consumidores (gerado pela Revolução Comercial, que foi um fator importante para o desenvolvimento fabril).
O primeiro setor que sofreu mudanças e que levou à maquinofatura foi da produção têxtil. Primeiramente passou pela máquina de fiar algodão, depois para máquina de fiar hidráulica e por fim a máquina de fiar à vapor, aperfeiçoado por James Watt. Com essa solução, ocorreria a substituição da força humana pela força motriz ( marcada pela energia do vapor - que reduziria os custos de produção e os preços).
Na época da  Revolução Industrial surgiria duas pessoas muito importantes para o mundo atual, que é Frederick W. Taylor e Henry Ford. Em que o primeiro, foi o pai da administração científica, criando o método do trabalho científico e o sistema de pagamento por unidade produzida. E o segundo foi o pai da linha de montagem móvel, desenvolveu a produção em massa e apresentou ao mundo um dos maiores exemplos de administração eficiente individual.


Esse texto foi criado por Carla, Débora Martins, Francielle Bento, Joyce e Silvia.
Alunas do 1° período de administração e ciencias contábeis.
Sala 2Q11.

Um pouco mais de Revolução Industrial

Introdução

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.


Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.




Avanços da Tecnologia
 O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.












Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte


Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.


A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.




Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.


Desdobramentos sociais

A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas. A produção em larga escala e dividida em etapas irá distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores irá dominar apenas uma etapa da produção.Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi o surgimento do proletariado urbano (classe operária), como classe social definida. Vivendo em condições deploráveis, tendo o cortiço como moradia e submetido a salários irrisórios com longas jornadas de trabalho, a operariado nascente era facilmente explorado, devido também, à inexistência de leis trabalhistas.
O desenvolvimento das ferrovias irá absorver grande parte da mão-de-obra masculina adulta, provocando em escala crescente a utilização de mulheres a e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas. O agravamento dos problemas sócio-econômicos com o desemprego e a fome, foram acompanhados de outros problemas, como a prostituição e o alcoolismo.




Os trabalhadores reagiam das mais diferentes formas, destacando-se o movimento "ludista" (o nome vem de Ned Ludlan), caracterizado pela destruição das máquinas por operários, e o movimento "cartista", organizado pela "Associação dos Operários", que exigia melhores condições de trabalho e o fim do voto censitário. Destaca-se ainda a formação de associações denominadas "trade-unions", que evoluíram lentamente em suas reivindicações, originando os primeiros sindicatos modernos.
O divórcio entre capital e trabalho resultante da Revolução Industrial, é representado socialmente pela polarização entre burguesia e proletariado. Esse antagonismo define a luta de classes típica do capitalismo, consolidando esse sistema no contexto da crise do Antigo Regime.


Conclusão
 A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.


Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=30
http://www.suapesquisa.com/industrial/

segunda-feira, 22 de março de 2010

No dia 30 de julho de 1863, nascia em Michigan um dos maiores nomes da indústria americana: Henry Ford. Ele era o irmão mais velho dentre seis irmãos, neto de imigrantes irlandeses, e todos na família trabalhavam na fazenda. Durante seus primeiros anos, Henry trabalhou na fazenda da família em Dearborn, Michigan.Henry considerava os ofícios da fazenda desinteressantes. Ele gostava de trabalhar na ferraria da fazenda. Ele tinha um talento nato para a matemática, o que proporcionou a habilidade necessária para desenhar e construir máquinas. Ele tinha uma natureza inteligente e questionadora, o que também contribuía para que fosse um ávido experimentador. Uma vez, para provar a força do vapor, ele colocou uma rolha no bico de uma chaleira com água fervente e ela explodiu! Conforme crescia, seu pai permitia que ele consertasse e usasse muitas das ferramentas da fazenda. Sua mãe o chamava de "mecânico de nascença".



Talvez o evento mais dramático em sua vida aconteceu em 1876, aos 13 anos de idade. Enquanto andava com seu pai em uma carroça, eles viram uma máquina a vapor percorrendo a estrada com sua própria força! Ford pulou da carroça imediatamente e foi questionar o condutor sobre sua máquina. Usada para propósitos estacionários, como serrar madeira, a máquina tinha sido montada sobre rodas para se auto propulsar. O engenheiro explicou tudo sobre a máquina e até deixou Ford colocá-la em movimento. Mais tarde, Ford disse: "Aquilo me mostrou que eu era um engenheiro por instinto".


A semente da idéia de que poderia existir um veículo com auto-propulsão foi plantada naquele momento, e ocupou sua imaginação por anos.Aos 17 anos, Henry deixou a fazenda da família e foi trabalhar em Detroit. Começou trabalhando na Michigan Car Company por $1,10 por dia. Ele foi rapidamente demitido por causar insatisfação aos empregados mais antigos: ele fazia consertos em meia hora, quando o usual era de 5 horas.Henry trabalhou na Detroit Drydock Company, onde aprendeu o funcionamento das máquinas a vapor. Em 1882, Henry se tornou um mecânico certificado pela Westinghouse Company, onde ele viajava pelo sul de Michigan ajustando e consertando máquinas a vapor. Em 1885, conheceu Clara Jane Bryant e se casaram em 1888. Seu pai o presenteou com uma fazenda de 40 acres, de onde Henry poderia tirar seu sustento. Em seu tempo livre, Henry satisfazia sua paixão por construir máquinas leves. Três anos mais tarde, Henry e Clara Ford se mudaram para Detroit, onde ele poderia trabalhar como engenheiro chefe para a Detroit Illuminating Company. No final de 1893, Henry construiu sua primeira máquina de combustão interna, movida a gasolina. E em 1896, estava com seu quadriciclo pronto para ser testado.


O invento assustou os cavalos, causou muitos protestos, mas funcionou!Durante o tempo em que trabalhou na Detroit Edison Illuminating Company, Henry Ford pôde ser apresentado a Thomas Edison como "o jovem que fez um carro a gasolina". Depois de discutir suas idéias com o grande inventor, Ford ficou grato em saber que Edison achava que suas idéias tinham grande mérito. Edison disse: "Meu jovem, você a tem, uma máquina que carrega seu próprio combustível. Mantenha-se nela". O encontro com Thomas Edison deu a Henry Ford nova inspiração e seu espírito foi renovado pelas palavras de encorajamento do famoso inventor.Em 1899, Ford viu-se diante do conflito entre seu trabalho de desenvolvimento de automóveis com sua posição na Detroit Edison Illuminating Company. Mesmo com a satisfação da companhia com seu trabalho e com a oferta da posição de Superintendente Geral, eles o pediram para fazer uma escolha. Poderia ele desistir de seu "hobby" de construção de automóveis para se decidir integralmente à Companhia? Ford decidiu que ele queria fazer automóveis.Em 1901, Henry com Alexander Malcomson fundaram a Ford and Malcomson Company. Ford empregou 10 trabalhadores e teve os chassis do carro construído por John e Horace Dodge.

Em 16 de junho de 1903, com 10 investidores e as patentes, conhecimento e máquinas, Henry Ford criou a Ford Motor Company. O Modelo A tinha um preço de $850, com velocidade máxima de 30 mph e era produzido a uma taxa de 15 carros por dia, em julho de 1903.O auge de sua vida foi comentado por Will Rogers, um comediante da época, que disse: "Centenas de anos serão necessários para dizer se você nos ajudou ou nos machucou. Mas certamente você não nos deixou como encontrou".

Com a presença de Clarence Avery, que usava os estudos de tempos e movimentos de Frederick Taylor, foi possível aperfeiçoar a técnica para o uso na manufatura de Ford.O Modelo T foi o novo modelo feito. Começou a ser vendido em outubro de 1908 e dominou as vendas pelos próprios 18 anos. Devido ao seu desenvolvimento da linha de montagem, usada para a produção em massa de automóveis, Ford vendeu mais da metade dos carros na indústria, no período 1918-1919 e 1921-1925. Do período da introdução do Modelo T ou "Tin Lizzie" em 1908 a 6 anos depois, Ford construiria fábricas maiores e diminuiria o tempo de montagem de um carro de 12 horas e meia para 93 minutos. Ford disse: "O modo de se fazer um automóvel é fazer um automóvel é fazer um igual a outro. Se você não alterar o design e concentrar na produção, conforme o volume aumenta, os carros certamente ficarão mais baratos. Isto significa fazer carros que os trabalhadores possam comprar". Disse ainda: "Eu vou construir um automóvel para a grande multidão...construído com os melhores materiais, pelos melhores homens, com os designs que a moderna engenharia pode proporcionar...tão baixo no preço que qualquer homem ganhando umju salário razoável poderá adquirir um e aproveitar com sua família a bênção das horas de prazer". Esta filosofia de negócios fez de Henry um dos homens mais ricos do mundo e um herói americano.Em 1914, antes da Primeira Guerra Mundial, Henry Ford formou uma organização pela paz.

A paz não foi mantida e em 1917 os Estados Unidos entraram na guerra. Ford parou de produzir o seu Modelo T e passou a produzir itens necessários aos Estados Unidos na guerra. No final da guerra, o presidente Woodrow Wilson pediu a Ford para concorrer às eleições para o Senado. Henry não era político, mas concorreu como candidato independente e perdeu por pouco. Henry voltou a fazer o que ele fazia de melhor: construir e aperfeiçoar seus automóveis.


Henry Ford com o Modelo T em Buffalo, NY, em 1921, ano em que a produção, no seu auge, atingiu cinco milhões de unidades


Em 1924, a companhia já tinha vendido 10 milhões de automóveis. Um ano mais tarde, as vendas começaram a cair, pois a competição apresentava inovações em seus carros.Para voltar ao topo da indústria automobilística, Ford introduziu o segundo Modelo A, em 1927. Foi um grande sucesso! Em 1929, a companhia produziu próximo de 2 milhões de carros. Para facilitar a aquisição do Modelo A, um novo sistema de vendas foi desenvolvido. Através da companhia financeira de Ford, a Universal Credit Company, o método de prestações iniciou-se.
Em outubro de 1929, a Grande Depressão começou. A Ford Company não foi afetada até 1931, quando perdeu dinheiro. Para energizar a companhia, um novo modelo foi introduzido, a um preço mais baixo, o Ford V-8. Em 1934, a Ford Motor Company estava rentável novamente. Durante este tempo, Ford também cortou os salários e aumentou as horas de trabalho de seus funcionáriso. Contra sua vontade, muitos de seus empregados trocaram a Ford Company pela United Auto Workers Union. Em 1941, novamente Ford parava de fabricar bens para a Segunda Guerra Mundial.
Na noite de 7 de abril de 1947, Henry Ford morria, aos 84 anos. A pessoa se foi, mas seus sonhos e sua companhia permanecem. Ele teve o louvor de um patriota, filantropo, reformista, economista e professor. Representou o símbolo da genialidade produtiva. Os empreendedores modernos devem tirar uma lição da história de como o processo de dedicação conduz ao sucesso.


Fonte: http://www.miniford.com.br/?load=mod1&idm=8

Um pouco de Frederick Taylor

http://www.infoescola.com/files/2009/08/small_frederick-taylor.jpg

PRIMEIRO PERÍODO


Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para o todo.

O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário, através do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-Time Study).
Claude S. Geoge Jr., salienta em essência, o que procurou dizer em Shop Management foi que:

1. O objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos e ter custos unitários de produção.

2. Para realizar esse objetivo, a Administração tinha de aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris.

3. Os empregados tinham de ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas.

4. Os empregados deviam ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse cumprida.

5. Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação teria de ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos outros princípios por ele mencionados.



SEGUNDO PERÍODO


O segundo período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro Princípios da Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário.

Taylor assegurava que as indústrias que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores:

1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência.


Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho, que são:

— o erro que vem de época imemorial e quase universalmente disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante o desemprego de grande número de operários;


— o sistema defeituoso da Administração, comumente em uso, que força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses;


— os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo.



2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.


3. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.



De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões. Essa implantação requer um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo.




ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA

Para Taylor. os elementos da Administração Científica são:

1. estudo de tempo e padrões de produção;
2. supervisão funcional;
3. padronização de ferramentas e instrumentos;
4. panejamento das tarefas;
5. o princípio da exceção;
6. a utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;
7. fichas de instruções de serviço;
8. a idéia de tarefa, associada a prêmios de produção pela sua execução eficiente;
9. sistemas para classificação dos produtos e do material utilizado na manufatura;
10.sistema de delineamento da rotina de trabalho.


ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO

A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).

Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer racionalmente qual o método ou processo mais eficiente. Geralmente, o supervisor comum deixava ao arbítrio de cada operário a escolha do método ou processo para executar o seu trabalho, para encorajar sua iniciativa. Porém, com a Administração Cientifica ocorre uma repartição de responsabilidades: a administração (gerência) fica com o planejamento (estudo minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção), e o trabalhador fica com a execução do trabalho, pura e simplesmente.


PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR

Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir:

1. Principio de Planejamento: substitui no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírica-prática, pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento.

2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.

3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.

4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

CONCLUSÃO SOBRE TAYLOR

No início sua preocupação era tentar eliminar o desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade através de métodos e técnicas de engenharia. Ele utilizava técnicas que eram centradas do operário para a direção, através do estudo de tempos e movimentos, da fragmentação das tarefas e na especialização do trabalhador reestruturava a fabricação e com os conceitos de gratificações por produção incentivava o operário a produzir mais.
Só que não adiantava racionalizar o trabalho do operário se o supervisor, o chefe, o gerente, o diretor continuavam a trabalhar dentro do mesmo empirismo anterior.
Contudo a Administração Científica tinha diversos defeitos dentre eles: o mecanicismo de sua abordagem (teoria da máquina), a superescalização que robotiza o operário, a visão microscópica do homem tomando isoladamente e como parte da maquinaria industrial, a ausência de qualquer comprovação científica de suas afirmações e princípios, a abordagem incompleta envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de aplicação à fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem eminentemente prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado.
Mesmo assim, essas limitações e restrições não apagam o fato de que Administração Científica foi o primeiro passo concreto da Administração rumo a uma teoria administrativa Foi Taylor que implantou diversos conceitos que até hoje o utilizamos na Administração isso fica explícito no parágrafo de Administração Como Ciência.


http://www.trabalhonota10.com/administracao/frederick-winslow-taylor.html

domingo, 14 de março de 2010

A obra de Taylor – Suas Constatações e Propostas

A abordagem típica da Escola da Administração Científica é a ênfase nas tarefas. O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e a mensuração. A Escola da Administração Científica foi iniciada pelo engenheiro americano Frederick W Taylor, que teve inúmeros seguidores e provocou uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial de sua época. Sua preocupação original foi tentar eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica, nasceu em Filadelfia, nos Estados Unidos. Veio de uma família “quaker” de princípios rígidos e foi educado dentro de uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Em seus primeiros estudos, tomou contado direto com os problemas sociais e empresariais decorrentes da Revolução Industrial. Iniciou sua vida profissional como operário, em 1878, na Midvale Steel Co., passando a capataz, contramestre, chefe de oficina, a engenheiro em 1885, quando se formou pelo Stevens Institute. Naquela época, estava em moda o sistema de pagamento por peça ou par tarefa. Os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa e os operários, por seu turno, reduziam a um terço o ritmo de produção das máquinas, procurando contrabalançar, desta forma, o pagamento por peça determinado pelos patrões. Isto levou Taylor a estudar o problema de produção nos seus mínimos detalhes, pois não podia decepcionar os seus patrões, graças ao seu progresso na companhia, nem decepcionar seus colegas de trabalho, que desejavam que o então chefe de oficina não fosse duro com eles no planejamento do trabalho por peça. Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para o todo. Permaneceu em Midvale até 1889, onde iniciara suas experiências, que o tornariam famoso, quando entrou para a Bethlehem Steel Works, para tentar aplicar as suas conclusões, vencendo enorme resistência às suas idéias. Registrou cerca de cinqüenta patentes de invenções sobre máquinas, ferramentas e processos de trabalho. Em 1895, apresentou à "American Society of Mechanical Engineers" um estudo experimental denominado “Notas Sobre as Correias”. Pouco depois publicava outro trabalho, “Um Sistema de Gratificação por Peça”, um sistema de administração e de remuneração dos operários. O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas), 1903, onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-time Study). Taylor começou por baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente. Verificou que o operário médio produzia muito menos do que era potencialmente capaz com o equipamento disponível. Concluiu que se o operário diligente e mais predisposto à produtividade percebe que no final obtém a mesma remuneração que o seu colega menos interessado e menos produtivo, acaba se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com a sua capacidade. Daí a necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais. Em essência, Taylor diz em Shop Management que: (1) o objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos e ter baixos custos unitários de produção; (2) para realizar esse objetivo, a Administração tinha de aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris; (3) os empregados tinham de ser Cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho fossem Cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas; (4) os empregados deviam ser Cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse cumprida; (5) uma atmosfera de intima e cordial cooperação tem de ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos outros princípios por ele mencionados. O segundo período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Princípios de Administração Científica, quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sabre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário. Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupadas em três fatores: (1) Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência. Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho, que podem ser assim resumidas: - o erro que vem de época imemorial e quase universalmente disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante o desemprego de grande número de operários; - o sistema defeituoso de Administração, comumente em uso, que força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses; - os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo. (2) Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização. (3) Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho. Para sanar esses males, idealizou seu famoso sistema de Administração que denominou Scientific Management e que nos países de língua latina foi difundido sob os nomes de Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização Científica no Trabalho e Organização Racional do Trabalho. Segundo o próprio Taylor, o Scientific Management é antes uma evolução do que uma teoria, tendo como ingredientes 75% de análise e 25% de bom senso. De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízo aos patrões. Essa implantação requer um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo. Apesar de sua atitude francamente pessimista a respeito da natureza humana, já que considera o operário coma irresponsável, vadio e negligente, Taylor se preocupou em criar um sistema educativo baseado na intensificação do ritmo de trabalho em busca da eficiência empresarial e, em nível mais amplo, ressaltar a enorme perda que o país vinha sofrendo com a vadiagem e a ineficiência em quase todos os alas diários. Analisando os males sofridos pela indústria sobre a ótica de um dos fatores identificados nos estudos efetuados por Taylor, a saber: a vadiagem sistemática; buscamos identificar a sua influência, bem como, a incidência na vida profissional nos dias de hoje. Observamos que os males identificados na industria à época de Taylor, passado mais de um século, continuam presente em nossos dias. Vemos que, operários exercendo atividades iguais, com salários diferentes, tendem a esmorecer, passando a produzir bem menos do que seriam capazes. A tentativa de exploração por parte do empresariado resulta sempre em mobilização dos empregados, hoje organizados em classe sindicais, que, pressionam os sindicatos patronais, em busca de seus direitos. O medo de que sua maior produtividade venha ocasionar o desemprego de companheiros de trabalho, bem como, a insegurança de ensinar a outros as atividades sob sua responsabilidade, e tornarem-se dispensáveis. A não observância das regras e normas, estabelecidas em contrato de trabalho, como por exemplo: o horário de trabalho. Sistema de administração defeituoso, levando os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses, deixando sempre para amanhã o que poderia ser feito hoje. Situações onde o funcionário dedica a maior parte do tempo em que permanece nas dependências da empresa, a realização de atividades paralelas, sem nenhum vínculo com as atividades para as quais foi contratado. Muito do que Taylor concluiu em seus estudos naquela época, é facilmente identificável nos dias de hoje, bastando observar o comportamento pessoal e profissional dos que nos rodeiam. As obras de Taylor conseguiram sobrepor-se ao tempo. Não são mais atuais. Reconhecemos, até mesmo, divergências com as práticas de hoje. Mais continua sendo de suma importância para a administração científica. A observância dos males sofridos pelas indústrias, e que foram identificados por Taylor em seus estudos, continuam presentes nos dias de hoje, levariam os empresários, a minimizarem suas perdas, aumentando consideravelmente a sua produção, tendo em suas dependências profissionais mais satisfeitos, produtivos e participativos.

Por José Carlos Guimarães Júnior
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-obra-de-taylor-suas-constatacoes-e-propostas/10905/

terça-feira, 9 de março de 2010

O sistema capitalista, enquanto forma específica de se ordenar as relações no campo sócio-econômico, ganhou suas feições mais claras quando – durante o século XVI – as práticas mercantis se fixaram no mundo europeu. Dotadas de colônias espalhadas pelo mundo, principalmente em solo americano, essas nações acumulavam riquezas com a prática do comércio.

Na especificidade de seu contexto, observaremos que a história britânica contou com uma série de experiências que fez dela o primeiro dos países a transformar as feições do capitalismo mercantilista. Entre tais transformações históricas podemos destacar o vanguardismo de suas políticas liberais, o incentivo ao desenvolvimento da economia burguesa e um conjunto de inovações tecnológicas que colocaram a Inglaterra à frente do processo hoje conhecido como Revolução Industrial.

Com a Revolução Industrial, a qualidade das relações de trabalho no ambiente manufatureiro se transformou sensivelmente. Antes, os artesãos se agrupavam no ambiente da corporação de oficio para produzirem os produtos manufaturados. Todos os artesãos dominavam integralmente as etapas do processo de produção de um determinado produto. Dessa forma, o trabalhador era ciente do valor, do tempo gasto e da habilidade requerida na fabricação de certo produto. Ou seja, ele sabia qual o valor do bem por ele produzido.

As inovações tecnológicas oferecidas, principalmente a partir do século XVIII, proporcionaram maior velocidade ao processo de transformações da matéria-prima. Novas máquinas automatizadas, geralmente movidas pela tecnologia do motor a vapor, foram responsáveis por esse tipo de melhoria. No entanto, além de acelerar processos e reduzir custos, as máquinas também transformaram as relações de trabalho no meio fabril. Os trabalhadores passaram por um processo de especialização de sua mão-de-obra, assim só tinham responsabilidade e domínio sob uma única parte do processo industrial.

Dessa maneira, o trabalhador não tinha mais ciência do valor da riqueza por ele produzida. Ele passou a receber um salário pelo qual era pago para exercer uma determinada função que, nem sempre, correspondia ao valor daquilo que ele era capaz de produzir. Esse tipo de mudança também só foi possível porque a própria formação de uma classe burguesa – munida de um grande acúmulo de capitais – começou a controlar os meios de produção da economia.

O acesso às matérias primas, a compra de maquinário e a disponibilidade de terras representavam algumas modalidades desse controle da burguesia industrial sob os meios de produção. Essas condições favoráveis à burguesia também provocou a deflagração de contradições entre eles e os trabalhadores. As más condições de trabalho, os baixos salários e carência de outros recursos incentivaram o aparecimento das primeiras greves e revoltas operárias que, mais tarde, deram origem aos movimentos sindicais.

Com o passar do tempo, as formas de atuação do capitalismo industrial ganhou outras feições. Na segunda metade do século XIX, a eletricidade, o transporte ferroviário, o telégrafo e o motor a combustão deram início à chamada Segunda Revolução Industrial. A partir daí, os avanços capitalistas ampliaram significativamente o seu raio de ação. Nesse mesmo período, nações asiáticas e africanas se inseriram nesse processo com a deflagração do imperialismo (ou neocolonialismo), capitaneado pelas maiores nações industriais da época.

Durante o século XX, outras novidades trouxeram diferentes aspectos ao capitalismo. O industriário Henry Ford e o engenheiro Frederick Winslow Taylor incentivaram a criação de métodos onde o tempo gasto e a eficiência do processo produtivo fossem cada vez mais aperfeiçoados. Nos últimos anos, alguns estudiosos afirmam que vivemos a Terceira Revolução Industrial. Nela, a rápida integração dos mercados, a informática, a microeletrônica e a tecnologia nuclear seriam suas principais conquistas.

A Revolução Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza. Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida quotidiana.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-industrial.htm